Vejo no cotidiano de minha cidade, pessoas que reclamam de tudo. Reclamam da vida. Da saúde. Da educação. Reclamam dos matagais. Reclamam da chuva. Vem o sol, pedem chuva, vem a chuva pedem o sol. Quem entende? Eu.
Sabe porquê? Porque todos são humanos. Não temos nem um robô pensante em nossa cidade. Todos têm coração, rins, fígado, esôfago, estômago, pernas, braços, cabeça, dedos, olhos, cabelo - todos têm faces. E são as faces desses homens que lhe traem. São elas que amoldam o seu caráter. É normal mais ou menos 40% das pessoas não gostarem do governo de Peté. Quando Peté largar o poder...ele também terá 40% de pessoas que não gotarão do futuro governo. É normal em cidades pequenas.
O que não é normal é as pessoas não enxergarem com os olhos do coração. Não enxergarem cinco metros à frente dos seus olhos. Não vêem que a saúde vai bem...melhor do que era nos tempos do outro. Que as coisas caminham todos sabem, o problema é que 40% não querem enxergar porque esperam trocar o governo para colocar os seus amigos nos mais diversos departamentos. É assim. Sempre foi assim. Nunca se chegará a um consenso de quem é melhor que o outro, ou qual outro será melhor que os outros.
Todos têm razão porque nunca descobriremos quem é melhor que o outro. O que importa são os sentimentos de amor que temos pelo governo. Porque todos queremos que nossas ruas estejam bem asfaltadas, que não tenham buracos. Que a escola técnica funcione logo para tirar nossos jovens da informalidade do destino e que esta escola os ensine os valores morais da profissão. Para que criemos novos inventores para novos inventos.
É assim. Que todos tenham pão e que o tenham em abundância, porque o maná não cairá do céu. É preciso plantar o trigo, capiná-lo, colhê-lo. Depois, é necessário um moinho para moê-lo. Depois virá a refinação, como socar arroz no pilão. Depois o empacota e distribui nos supermercados e lá o compraremos. Daí nossas mulheres vão misturar a esse trigo o ovo, o fermento, o incremento do açucar ou do sal. Formatá-lo-á em forma de pão e porá no forno para assá-lo. Depois ele ficará tostado e misturaremos ao pão a margarina e o comeremos com o leite tirado lá na chácara.
E o pão sustentará nossa fome.
Na nossa terra maravilhosa, tudo dá. É só plantar. Depois de plantar hemos de esquecer as nossas indiferenças políticas.
Vamos em frente, irmãos, porque o dia de amanhã terá suas próprias preocupações!
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