E-MAIL DE INTERNAUTAS PERGUNTA:
QUEM ERA O 'DOIDÃO' QUE ESTAVA ANDANDO TRESLOUCADO
PELAS RUAS DE IBAITI
NA QUINTA-FEIRA
COM O SOM DO CARRO ALTO
E TOCANDO A MÚSICA
DA PANELINHA?
Ah!meu caro!
Não era ninguém em especial. Era somente um despeitado e desprezado. Um ser invisível, um fantasmagórico das solitárias estrelas que vagam pelo mundo, sem ter nenhuma claridade e nada para iluminar!
Era um fantoche, um daqueles personagens das piadas de Ari Toledo que quer fazer graça, mas sua comédia sem graça dá até diarréia em alguns...
Ou talvez, meu caro, um daqueles personagens horrendos daquele livro "OS VIVOS MORTOS". Personagem que quando se televisou o tema do livro, virou piada e não assustava nem mais as criancinhas, sequer os pobres mortais como nós.
Era um duende? Não. Porque duendes fazem milagres e pasmam a todos nós de emoção. Não. Não era um duende. Uma fada madrinha?
Era um santo?
Viche!Longe disso.Então, deixa-me ver: Um santo do pau oco?
ah! Bem.
Verdade. Um santo do pau oco. Taí a referência que Ibaiti precisava para ser feliz e progressiva.
Mas, espera lá. Vamos perguntar mais.
Hummm!Deixa-me pensar. Não era uma fada madrinha, porque o fantasmagórico tem saco...Ufa!Que saco! Não era nenhum desses de que vos falei, porque o fantasmagórico que saiu tresloucado pelas ruas de Ibaiti, comemorando nem se sabe o quê, tem pêlo nas narinas, nas pernas...tem dentes por debaixo dos bigodes raspados.
O internuta que me enviou o e-mail pergunta ainda: Será que é um homem apaixonado?
Talvez, porque algumas de certa idade, já indo para as osteoporoses da vida, dos pés de galinhas melindrando as bochechas e os olhos; as varizes involuntárias, as perdas naturais da peruca que conforme os anos passam, pelas curvas do destino vão ficando os fios de cabelo...Isso para mostrar a vocês, caros amigos internautas, que nós não somos nada neste mundo. Deus-nos fez perfeitos e com toda a nossa condição humana de ser...
Com o tempo vão dando todas essas coisas e nós e não adianta tirar sarro dos pobres mortais que têm tudo isso: Um dia nós teremos também...
Teremos a lentidão das pernas que gostavam de dar rasteiras nos outros; Teremos as rugas na língua que gostava de falar mal da vida alheia, como se a nossa fosse perfeita e santa; Teremos a antipatia daqueles que desprezamos ou maltratamos com palavras, atos e omissões; Teremos muito mais que isso.
Teremos traição que se lembram às traições que cometemos. Viraremos piada igual às piadas que fomos. Viraremos pó, enfim, no mesmo pó que um dia pisamos em cima e massacramos com as nossas hojerizas...
Apaixonado?
Não se sabe, caro amigo! A gente pode estar apaixonado por várias coisas, ou quando fica muito alegre a ponto de sair feito doido pelas ruas com o som do carro alto e tocando o sucesso do momento "A PANELINHA", talvez seja por pura saudade dos tempos de glória...
De um passado que a gente não quer mais recordar, porque dá vontade de chorar. Daquele passado em que a gente tem um gato prá puxar pelo rabo e mandar nele...
Você já viu gato puxado pela coleira? Então, quando se patrocina uma cena dessas, é porque realmente a gente esteja com paixão.
Mas, continua o internauta: Quem será que era este que estava tresloucado pelas ruas de Ibaiti tocando a música da PANELINHA?
Estava perturbando o sossego? Estava incomodando?
Essa pessoa não incomoda. Ele é a sensação do momento, ninguém gosta, mas todos querem ver as palhaçadas que produz. Um verdadeiro produtor teatral que tem sua carreira indo pro fundo do poço. Está em final de carreira e sua voz já não é mais firme como de outrora. Juntou rugas na língua e o despeito de não ter conseguido o sucesso imaginável, dói-lhe as espinhas e o próprio despeito...
Ah!Amigo, internauta!
Em Ibaiti só tem uma pessoa que pode responder ou que pode perguntar para todos ouvirem, para um monte de gente ao mesmo tempo sobre quemfoi o doido que saiu pelas ruas de Ibaiti tocando em som alto a música da PANELINHA.
O radialista César de Mello.
Vocês, caros amigos, devem ligar para a rádio e perguntar se ele sabe ou se pode informar de que negócio era aquela doidura pelas ruas e perguntar-lhe ainda: O que será que a pessoa estava comemorando?
Hannnn!