domingo, 16 de outubro de 2011

DOMINGÃO DE CHUVA E EU AQUI PENSANDO NAS ELEIÇÕES DE 2012

Parece que é uma coisa. Você sai prá fora de casa e pensa em ir para algum lugar, mas onde? Ibaiti, façam-me o grande favor! Não há o que fazer a não ser ir na igreja e rezar, ou então enfunar o nariz no balcão de um boteco e fazer de conta que enche a cara. Não tem um cinema, não tem praia...o que se poderia ter?

É por isso que as pessoas não veem a hora de chegar as eleições, por dois motivos: para torcer para o seu candidato e, vejam só, para ter o que fazer.

Porque em eleições o telequeti come solto. Sempre tem notícias de que o caboclo quebrou suas próprias placas de marketing e no outro dia vai à delegacia e abre um BO alegando que foi o adversário que quebrou suas placas para prejudicar sua campanha.

Na Rua Paraná, principal centro cultural da cidade, bandeiras e cabos eleitorais vivem roçando a cabeça das pessoas, como se na Rua Paraná fosse o único lugar que existem eleitores. Mas, é que todo mundo quer aparecer o mais bonito, o mais forte...aquele que vai ganhar as eleições. Daí vem as pesquisas frias feitas tarde da noite na casa de algum intelectual de campanha. Na casa daquele que pensou em fomentar o nome do seu candidato somente internamente para no outro dia mostrar aos cabos eleitorais para que eles briguem com mais raça e destemor, mentindo para aqueles que passam pela Rua Paraná somente para ver o barulho.

Na Rua Paraná tudo acontece. O cabo eleitoral do ciclano arruma inimizades com o cabo eleitoral do fulano e vira um ' briguêro'  só. Aí vem as ameaças. " Ô! Vou te pegar no bar e te dar um cacete. Vou te quebrar todos os ossos!"

Coitado. Vai ficar sem osso, vai ser enterrado sem nenhum ossinho e o corpo vai balangar dentro da urna funerária e o Pacheco não tá nem aí com o 'troço'. Também quem mandou abaixar a bola para o cabo eleitoral do fulano!

São as simpatias da eleição. Por que não fazem aquela bagunça de bandeiras e cabos eleitorais lá no Bom Pastor? Aquele povo que mora nas redondezas ficaria tão contente de ter tanta ' fuzarca'  perto das suas casas, porque lá nunca acontece nada. É um povo simples que se diverte ouvindo jogo no radinho motorádio!

Por isso que digo: em época de eleição a alegria é incomensurável. Tem emprego para os desempregados. Eu mesmo, se fosse candidato queria dar emprego para umas mil meninas e iria exigir que todas elas fossem trabalhar bem produzidas, pois o candidato que colocar mulheres bonitas para entregar santinhos teriam mais chances de convencer o eleitorado de que suas falsas promessas de campanha seriam cumpridas. Mesmo que fossem apenas promessas.

Você ouviu falar daquele candidato que prometeu que se ganhasse as eleições, iria distribuir anticoncepcionais para as pombinhas?

Então. Candidato é assim mesmo. Eu gosto mais daqueles candidatos que são do ' povão'. Que entram no boteco e que para não fazer feio, bebem junto com os bebuns e sai caindo de ' beudo'  para não fazer feio perante seus eleitores. E é aquele bate e bate nas costas, beijos naquelas barbas rudes e fedidas. Vale tudo. Igual aquele candidato que disse no boteco que conhecia o pai do eleitor e que no dia de ontem havia bebido uma bebiluma junto com o pai do companheiro.

Daí, o eleitor começou a chorar e a dizer: " Onde foi que você tomou pinga com o meu pai? Daí o candidato respondeu: Lá no bar do fim da rua. E o eleitor começou a chorar e a abraçar e a prometer pedir mais votos para o candidato que tomou pinga com seu pai. Daí soltou: "Você é amigo mesmo do meu pai, mesmo depois de cinco anos da sua morte, você ainda continua tomando pinga com meu pai!

Ufa!

Tomara que as eleições cheguem logo!