sábado, 26 de novembro de 2011

Novo comandante da PMPR diz que ciência é principal arma nos bairros

 

Bondaruk acredita em vantagens da 'comunitarização' da polícia.
Troca oficial depende da agenda do governador, diz secretário.








Vinícius Sgarbe
Do G1 PR
 
A troca oficial de comando da Policia Militar do Paraná depende da agenda do governador do Estado, Beto Richa (PSDB), segundo o secretário de Segurança Pública Reinaldo de Almeida César, em entrevista na tarde desta sexta-feira (25). Ele apresentou à imprensa o novo comandante, coronel Roberson Luiz Bondaruk, que substitui o coronel Marcos Teodoro Scheremeta.

O secretário atribuiu ao governador as principais decisões que devem ser executadas nesta etapa do comando. Disse ainda que as pessoas precisam “ser liberta do sentimento de medo, e é pior que a privação de liberdade”.

Bondaruk reforçou o credo no que chama de “comunitarização” da polícia. Disse ainda que “o uso das armas continua sendo necessário para uma repressão forte”, mas, nessas comunidades, o principal deve ser a “ciência, tecnologia e conhecimento”.

Aos prantos
Também na tarde desta sexta (25), o ex-comandante da Polícia Militar do Paraná coronel Marcos Teodoro Scheremeta, exonerado do cargo na quinta (24), disse que, entre outras razões, as opiniões dele sobre o uso do hospital da corporação por civis levaram ao desgaste com o governo. Ele não se manifestou contrário à medida, mas ao método, porque [o hospital] “já passava por dificuldades”.


Scheremeta ocupava o posto desde 12 de janeiro de 2011 e foi substituído pelo coronel Roberson Luiz Bondaruk.

O ex-comandante declarou que tinha conhecimento de que iria sair, mas o anúncio não foi feito primeiro para ele. Em Foz do Iguaçu, no oeste, fronteira com o Paraguai, recebeu ligações de familiares com a notícia, já pública.
Questões ligadas a pelo menos uma exoneração – a do irmão dele, que integrava a Corregedoria – e a promoções também foram apresentadas como entraves no antigo comando. O retorno de policiais lotados no Ministério Público e na Justiça também causou “incômodo”. Porém, não questionou as decisão superiores.
A entrevista coletiva durou cerca de uma hora e Scheremeta chorou. Disse que vai tirar férias já acumuladas.

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